"Alguma coisa acontece, no meu coração ..."
Sangano, a última parada !
A montanha com suas escarpas parece querer abraçar o mar
O cenário escolhido para passar meu último domingo em Angola foi a praia de Sangano. Lugar que, para mim, simboliza a beleza desse litoral e das paisagens naturais de Angola.
Para chegar até essa beleza é necessário descer uma íngreme ladeira de terra.
Já passava de uma da tarde quando nosso grupo chegou. A paisagem que se descortinava do alto, quando a terra parece se encontrar abruptamente com o mar, era a praia vastíssima envolta por falésias. O mar, revolto e gelado, negava-se aos banhistas. Uma forte corrente dificultava a aproximação e mal dava para ficar na água, mesmo com ela à altura do joelho. Fortes ondas derrubavam e arrastavam quem se arriscasse.
Logo na descida um aviso aos navegantes !
Aparentemente (será ?) referia-se ao perigo dos carros atolarem na areia.
Vizinha à praia, uma vila de pescadores. Esses acabavam de chegar de mais uma maratona.
As mulheres logo se aproximaram para limpar e tratar o produto da pescaria.
As jovens mães traziam seus rebentos às costas, no melhor estilo africano.
Desconfiadas e curiosas, aceitaram ser fotografadas mas ficaram tensas ...
Quando me aproximei cessaram os risos e conversas. E continuaram em sua faina
A gurizada se acomodou espontaneamente em cima de um dos barcos.
No retorno para casa, uma parada estratégica e indispensável no " Miradouro da Lua ". Do alto contemplamos o vasto Atlântico e as paredes montanhosas erodidas pelo vento, maresia, chuvas... que durante séculos, quiçá milênios, abrem saliências e reentrâncias,
expondo e devassando as entranhas da mãe-terra africana.
Cometi até um pecadilho literário. Justificável, é claro, pela beleza do lugar
e perfeitamente perdoável pelo sentimento que nos tomou.
"Não saberia dizer se foi a paisagem
que justo na retina se incrustou
ou se foi a visão, quase miragem,
que num átimo o coração arrebatou"
Luanda, 30 julho 2007
As mulheres logo se aproximaram para limpar e tratar o produto da pescaria.
As jovens mães traziam seus rebentos às costas, no melhor estilo africano.
Desconfiadas e curiosas, aceitaram ser fotografadas mas ficaram tensas ...
Quando me aproximei cessaram os risos e conversas. E continuaram em sua faina
Junto às choupanas onde moram, montam jiraus para
secar ao sol o peixe tratado e salgado
A gurizada se acomodou espontaneamente em cima de um dos barcos.
Quando mostrei a foto, todos gritaram em uníssono:
"Olha eu, olha eu, olha eu..."
No retorno para casa, uma parada estratégica e indispensável no " Miradouro da Lua ". Do alto contemplamos o vasto Atlântico e as paredes montanhosas erodidas pelo vento, maresia, chuvas... que durante séculos, quiçá milênios, abrem saliências e reentrâncias,
expondo e devassando as entranhas da mãe-terra africana.
Eu só sei que ... "alguma coisa acontece, no meu coração! "
Lá, algo transcendental leva-nos à meditação.
Daí para a inspiração, é um "daqui a nada" como dizem os angolanos.
Lá, algo transcendental leva-nos à meditação.
Daí para a inspiração, é um "daqui a nada" como dizem os angolanos.
Cometi até um pecadilho literário. Justificável, é claro, pela beleza do lugar
e perfeitamente perdoável pelo sentimento que nos tomou.
"Não saberia dizer se foi a paisagem
que justo na retina se incrustou
ou se foi a visão, quase miragem,
que num átimo o coração arrebatou"
Luanda, 30 julho 2007
4 comentários:
Que LINDOOOOO!!!!
adorei as fotos... as cores...
seu texto...
Tenho uns 20 amigos jornalistas que viveram em Angola mas vc foi o único que compartilhou cmg essa experiencia de maneira tão sensível... tão poética!!!
Q bom!
um beijãaaaaaaaaaaaaaaao!
Que LINDOOOOO!!!!
adorei as fotos... as cores...
seu texto...
Tenho uns 20 amigos jornalistas que viveram em Angola mas vc foi o único que compartilhou cmg essa experiencia de maneira tão sensível... tão poética!!!
Q bom!
um beijãaaaaaaaaaaaaaaao!
Adelyne
Lindo Jorginho.
As praias me lembram as do sul da Bahia.
Vc j� est� voltando?
Abs
Aurora
Aurora:
Volto dia 5. Até lá e um abraço,
Jorginho
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